Museu Maria Adelaide
No centro nevrálgico da vila de Arcozelo, ergue-se um discreto e requintado exemplar de arquitetura.
É no primeiro piso deste elegante edifício que encontramos o Museu Maria Adelaide, espaço que, por ora, bem poderia chamar-se Sala de Exposição de Votos e Ex-Votos, muito embora o seu acervo tenha já começado a ser organizado e inventariado.
Contando mais de trinta categorias – os muito falados vestidos de noiva, mas também roupa de cerimónia, brinquedos, instrumentos musicais, ouro, livros, artesanato, cartas, bilhetes, fotografias, dinheiro, calçado, roupa desportiva, esculturas de santos, barcos, fardas militares, etc. etc. etc. – o espaço é magro para tanto guardar!
Falamos de um património imaterial que, ora em momentos de desespero, em forma de pedido ou promessa, ou como agradecimento por graça recebida, sempre, porém, refletindo a consciência da finitude e a impotência da espécie humana, de mãos dadas com uma vincada religiosidade popular, tem conferido a Arcozelo uma identidade comunitária em torno da figura de Maria Adelaide: a intercessora, quando não mesmo a “Santa”, a “querida Santa”, a de todos conhecida “Santinha de Arcozelo”.
